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Psicóloga, formada pela FUMEC, com inscrição no CRP 04/34263. Formação em Psicoterapia Familiar Sistêmica,Terapia Ericksoniana / Hipnoterapia e Sexologia Clínica. Pós-Graduação em TCC- Infância e Adolescência. Formação em Terapia de Esquemas. Co- fundadora da PerCursos. Atua com psicoterapias individuais, de casais e famílias.Atualmente Psicóloga em consultório particular em BH e atendimentos on-lines. Colunista do Jornal Gazeta de Minas em Oliveira e Jornal A Noticia em Carmo da Mata. Ministrante de palestras em escolas e empresas.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Uma dica para a Relação Pais e Filhos

" O medo de errar pode paralisar o elefante. Não há pais que queiram errar com os filhos, pelo contrário. Por medo de errar é que acabam errando, pois não estabelecem limites. Só um erro não traumatiza o educando. O que distorce a educação é os pais frequentemente deixarem de agir quando necessário. Mas a vida oferece muitas oportunidades de compensar o prejuízo.

Uma atitude adequada tomada em relação a um filho nem sempre é percebida na hora, e sim pelos resultados que se observam ao longo do tempo. Educar dá trabalho, e os bons frutos, na grande maioria dos casos, são colhidos pelo resto da vida.

Uma criança feliz não é chata. Ela se satisfaz com as coisas que faz, não exige que o outro seja a fonte de sua felicidade.

Criança feliz é como um carro de corrida: só faz pit stop com os pais para abastecer. Quanto mais saudáveis são os filhos, mais exploram o mundo em velocidade condizente com o local e menos desastres provocam na corrida."

Parte do livro "Quem ama, educa" - Içami Tiba

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Difícil mesmo é ser diferente, individuado. Pertencer e não pertencer. Parecer e não parecer. Para deixarmos de sermos cópias e nos tornarmos indivíduos diferenciados das regras familiares, dos mitos, dos segredos, das loucuras e doenças familiares precisamos conhecer melhor as nossas raízes.

Através da metáfora da árvore, representamos uma família. As raízes representando a família ampla; o tronco representando a família de origem; os galhos e ramos representando a família atual. A árvore genealógica ou genograma informa sobre seus membros e suas relações em três gerações no mínimo. Destacamos os fatos, suas repetições, suas exceções, seu padrão interacional, o que vai permitir uma visão melhor desta família. Desta forma, somos capazes de ordenar fatos, acompanhar os movimentos de mudança, perceber os ciclos vitais e suas passagens. E quanto mais conhecermos as histórias familiares, mais ampliamos nossa CONSCIÊNCIA e assim, podemos nos tornar livres para fazer novas escolhas, novos caminhos ainda não trilhados e percorridos.

E a terapia de abordagem Sistêmica trabalha enfocando a família e a herança transgeracional, questionando as crenças, as figuras míticas dos pais, avós, (heróis ou bandidos). Romper essas barreiras dos mitos e dos segredos estabelecidos nas famílias, devolvendo a seus membros a possibilidade de traçarem seus próprios destinos é a tarefa fundamental do terapeuta sistêmico!

Parte do Texto Tributo Familiar elaborado por: Jaqueline Cássia de Oliveira - Julho/2005

A escolha profissional: uma visão ampliada

A adolescência como uma das fases do desenvolvimento é marcada por algumas características que são comuns a maioria dos jovens. Podemos falar que é uma fase da vida que a pessoa irá escolher e construir o adulto que ele deseja ser. Como muito bem colocado pela Psicoterapeuta Relacional Sistêmica, Solange Rosset, “é a época da vida para checar valores, definir gostos e preferências, descobrir habilidades e incompetências. E, mais importante ainda, decidir de que forma vai ler sua história e quais capítulos vai escolher escrever”.

Assim falando em escolhas e construção de valores é a época, também, da escolha profissional. A escolha profissional esta diretamente relacionada à escolha de como se quer inserir no mundo, como quer estar no mundo. Não é uma escolha fácil. Não é um evento isolado, junto a ela várias outras escolhas, maiores ou menores, estão sendo colocadas em questão.

A escolha de uma profissão, muitas vezes, esta relacionada à busca da própria felicidade, isso porque é muito comum ligarmos a escolha adequada com nossa felicidade e bem-estar futuro, além da busca pela segurança e satisfação pessoal. Assim este momento levará a pessoa a questionar outros setores da vida, como a vida afetiva, familiar e a vida em grupo.

Além disso, não se pode deixar de pensar que a pessoa que escolhe uma profissão, esta inserida em um contexto, tem uma história pessoal e relacional que vem sendo construída desde seu nascimento, faz parte de uma família que tem expectativas, tem uma determinada situação social, cultural e econômica, tem oportunidades educacionais favoráveis ou não. Assim tem todo um contexto e situação que influenciará na decisão ocupacional que não se limita, apenas, as disposições internas.

Talvez não temos noção do quanto os fatores familiares interferem na escolha profissional. A família é o principal grupo de participação neste momento. Assim os valores da família, o que é passado para os filhos sobre as profissões, como é o grau de satisfação/insatisfação dos pais ou pessoas próximas desses jovens com suas profissões influenciará diretamente aquele que escolhe uma carreira.

Existem famílias que tem suas regras e idéias sobre trabalho, qual tipo de trabalho é mais valorizado, qual é mais promissor e irá tentar impor isto para os filhos de forma direta ou indireta, sem permitir que estes formulem suas próprias crenças. Ou ainda aquelas famílias que exigem que siga a tradição familiar de certa profissão, mesmo não sendo a vontade da pessoa. E de uma forma positiva, aquelas famílias que são mais flexíveis que permitem que os filhos façam os seus movimentos e que encoraja a sua autonomia pessoal para fazer a sua escolha.

Por fim, falar de escolha profissional implica em pensar, também, na dimensão temporal, porque escolher hoje o que se quer no futuro implica reconhecer o que fomos. Como bem colocado por Solange Rosset, é importante a pessoa integrar “essa temporalidade, pois o momento da escolha é um presente que irá definir um futuro a partir das referências passadas que a pessoa tem. Esta questão fica ainda mais complicada para o jovem, devido ao período pelo qual está passando, onde seu único referencial de eu é o seu "eu fui" que está em fase de transição.”

Camila Ribeiro Lobato