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Psicóloga, formada pela FUMEC, com inscrição no CRP 04/34263. Formação em Psicoterapia Familiar Sistêmica,Terapia Ericksoniana / Hipnoterapia e Sexologia Clínica. Pós-Graduação em TCC- Infância e Adolescência. Formação em Terapia de Esquemas. Co- fundadora da PerCursos. Atua com psicoterapias individuais, de casais e famílias.Atualmente Psicóloga em consultório particular em BH e atendimentos on-lines. Colunista do Jornal Gazeta de Minas em Oliveira e Jornal A Noticia em Carmo da Mata. Ministrante de palestras em escolas e empresas.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Espírito Natalino


O Natal é uma época iluminada em que todos sabem que comemoramos o nascimento de Jesus.

Ao longo da minha vida vim escutando frases que falam sobre o significado do Natal: “ momento de renovarmos os melhores sentimentos( amor, carinho, afeto, ternura, solidariedade) ou época de aproveitar e agradecer a Deus por todas as conquistas de nossas vidas e, ainda, o significado do Natal não está nos presentes, mas no verdadeiro amor que podemos compartilhar com o próximo.” Eu poderia escrever mais de cinco folhas sobre os vários significados que ouvimos sobre o Natal. Mas, de verdade, são esses significados que vem se destacando nesses últimos anos no mês de dezembro?

De fato o que eu sinto, pode não ser a verdade, que vem acontecendo ao longo do mês natalino um consumismo exagerado, são muitas mensagens nas caixas de e-mails, mil propagandas na TV e presentes. Será que está sobrando tempo para refletirmos sobre o Espírito do Natal. Mas o que seria o Espírito de Natal?

Quando me proponho a falar do Espírito de Natal não quero me contrapor às compras, presentes, e-mails e mensagens, que são válidas, mas falo de integrar a tudo isso algo mais.
Se me proponho trazer algumas ideias sobre Espírito Natalino em que celebramos o nascimento, como falar do nascimento sem falar da morte?

Lendo um texto de um autor desconhecido me chamou a atenção quando falava: “Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte à ausência de vida e isso é um erro. Existem outros tipos de morte e precisamos morrer todos os dias. A morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação. Não existe planta sem a morte da semente, não existe embrião sem a morte do óvulo e do esperma, não existe borboleta sem a morte da lagarta, isso é óbvio. A morte nada mais é do que o ponto de partida para o inicio de algo novo...” Sei o quanto é difícil pensarmos na morte, mas aqui quero propor outra reflexão a respeito deste tema.

Assim o que queremos que nasça de novo em nós? O que me proponho de novo para o próximo ano? O que em mim precisará morrer? Que avaliação eu faço do meu ano de 2012? O quanto me responsabilizei pelas minhas dores, tristezas, perdas, mas pelas minhas conquistas, alegrias e aprendizagens também neste ano que termina?

O Natal permiti agradecer não só a Deus, mas a nós mesmos, saber muitas vezes nos amar, nos deixar em paz e reconhecer quantas coisas conseguimos, já que tantas vezes nos torturamos e machucamos exigindo da gente coisas que não são possíveis, pelo menos num dado momento, querendo ter o controle de tudo e dos outros , fazer tudo e, claro, ser perfeitos.

Será Natal quando somos sinceros e gratos com a gente e com o outro. Agradecer, também, pelos nossos erros que trouxeram aprendizados.
Há de ser Natal quando deixamos algumas coisas morrerem para nascerem outras, permitindo- nos tornar a cada dia seres mais humanizados sabendo doar, receber agradecer e pedir

Há de ser Natal quando entramos pela nossa chaminé e começamos a nos deliciar com os nossos diversos sabores sem perder de vista os sabores amargos, azedos e apimentados, porque assim deixamos o outro livre (parceiros, filhos, pais, colegas de trabalho, amigos) para saborear o que é deles e não tentaremos aprisiona-los e querer que eles sintam dos nossos sabores. O outro é livre e tem a sua história, crenças e valores.

Assim poderemos sentir o Espírito Natalino do respeito, compaixão, paz, amor e liberdade em nós mesmos e com o outro.