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Psicóloga, formada pela FUMEC, com inscrição no CRP 04/34263. Formação em Psicoterapia Familiar Sistêmica,Terapia Ericksoniana / Hipnoterapia e Sexologia Clínica. Pós-Graduação em TCC- Infância e Adolescência. Atua com psicoterapias individuais, de casais e famílias.Atualmente Psicóloga em consultório particular em BH e Carmo da Mata. Colunista do Jornal Gazeta de Minas em Oliveira e Jornal A Noticia em Carmo da Mata. Ministrante de palestras em escolas e empresas. Sócio-Fundadora da Equipe PerCursos – Cursos, Palestras e Workshops em Belo Horizonte.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

“Amor de timeline" (Por Sílvia Amélia)


Texto publicado na Revista Gloss - Set/2012 que fala da exposição exagerada feita por casais nas redes sociais.

Gritar aos quatro cantos o que se sente não aumenta o sentimento.
Somos escandalosamente felizes mesmo é na intimidade.
O casal se beijava com estalos: smaaack! E se agarrava muito na frente de todo mundo. Eu tinha uns dez anos quando vi a cena e comentei com minha mãe o quanto eles eram apaixonados. “Que nada”, ela respondeu. Fiquei indignada! Como ela poderia desconfiar do amor de duas pessoas que demonstravam tanto carinho? “Ah, minha filha, já vivi o bastante para saber que isso não vai durar.” Meses depois, o casamento dos beijoqueiros acabou.

E, finalmente, entendi o que ela quis dizer com: “Quando um casal é realmente íntimo, ele se entende só de olhar e as pessoas em volta mal percebem”. Um sabe o que o outro está pensando. São capazes até de fazer perguntas entre si, dar respostas e se provocar – sem usar palavras. É que a proximidade de um casal é construída durante muitas conversas “em particular”. De vez em quando, me lembro das sábias palavras da minha mãe ao ver casais no Facebook trocando mensagens de amor (públicas!) diariamente. Fotos de línguas se unindo... “Delicinha” pra cá, “Gostosucho” pra lá... Tudo em público, para receber os devidos comentários e curtidas dos amigos.

Ah, quem nunca fez algo parecido? Uma vez ou outra, tudo bem, o amor é mesmo cafona. E ser cafona pode ser bem divertido. Mas, quando a necessidade de demonstrar amor pelo namorado vira um hábito repetido em público várias vezes ao dia, cansa todo mundo: os amigos da timeline e, às vezes, o próprio namorado. Para mim, fazer muito estardalhaço do amor que sente, na maioria das vezes, parece desespero. Desespero em convencer a si mesmo, ao seu parceiro e aos outros de que todo esse afeto é mesmo real.
O amor, para crescer e amadurecer precisa de mensagens pelos inbox do mundo, de bilhetes, telefonemas, conversas ao pé do ouvido. Segredos! Aqueles só dos dois e que ninguém nem iria se interessar em saber. Brincadeiras, histórias vividas offline. Nos tempos em que tudo é anunciado em alto e bom som, a intimidade silenciosa está ainda mais linda. “


Refletindo...

Achei muito interessante este texto e eu como Terapeuta Sistêmica começei a refletir sobre quando temos coisas demais do lado de fora o que resta, o que sobra do lado de dentro? Aqueles relacionamentos que estão demais do lado de fora, para o social, os famosos "casais 20, perfeitos" o que sobra para a intimidade destes casais?

Como você anda construindo sua relação?

E hoje com as redes sociais como facebook, twiter, msn e tantas outras formas de comunicação "virtual" estamos nos apegando a isso ao lado de fora, as aparências, ao superficial e o que sobra para a essência? Não é atoa que as relações estão se tornando cada vez mais descartáveis.
Estamos deixando de lado as dores e delícias da intimidade, a grande chance de aprendizados e trocas para vivermos no superficial, do lado de fora. Como muito bem citado como uma frase que ela gosta muito a Psicoterapeuta Sistêmica Jaqueline Cássia de Oliveira lembra que" amores declarados em público, não rendem no particular"
Vale a reflexão!!!