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Psicóloga, formada pela FUMEC, com inscrição no CRP 04/34263. Formação em Psicoterapia Familiar Sistêmica,Terapia Ericksoniana / Hipnoterapia e Sexologia Clínica. Pós-Graduação em TCC- Infância e Adolescência. Atua com psicoterapias individuais, de casais e famílias.Atualmente Psicóloga em consultório particular em BH e Carmo da Mata. Colunista do Jornal Gazeta de Minas em Oliveira e Jornal A Noticia em Carmo da Mata. Ministrante de palestras em escolas e empresas. Sócio-Fundadora da Equipe PerCursos – Cursos, Palestras e Workshops em Belo Horizonte.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Adulto ou Adulterado?

Ser adulto não é uma tarefa muito fácil. Ao contrário de ser adulto é ser adulterado , ou seja, adulto dissimulado, meio adulto. Adulto de verdade não faz uso de carteira de estudante, ele se dispõe a pagar inteira na vida, não se prende as queixas e desculpas, pois sabe das dificuldades da vida, reconhecem como suas e começa a buscar alternativas para enfrenta-las e ter a vida que deseja. São pessoas que administram os problemas, pois sabem que eles sempre vão existir.

Já o adulterado acredita que a felicidade e o bem-estar é a ausência de problemas e dificuldades, só assim ele estará completo e realizado. Acredita que serão os pais, filhos ou companheiros que darão isso a eles (é quase uma obrigação). Não quer ter trabalho, quer desconto em tudo. Não consegue uma separação dos pais, principalmente, da mãe. Quando casa e/ou fala sobre o interesse de constituir uma família isso é “da boca pra fora”, pois o que constrói é “não-casamento” ou uma relação de “namorido” porque não assumem as dificuldades e as delícias da parceria, vive mais na casa dos pais (comendo, lavando roupa, queixando) ou pensando só em farras e amigos( adolescência). Casa-se de “verdade” na igreja e no civil, mas não vive uma vida de parceria e companheirismo.

Na verdade, isso é quando casam, pois, também, existem aqueles que nunca saem da casa dos pais. Adulto em idade, pois vive a espera de alguém que possa salva-lo ou de um casamento com um príncipe ou uma princesa. Sim, acreditam em conto de fadas. Esta pouco disponível a aprender, porque espera e acredita que é obrigação do outro fazer algo por ele, já que nada é de sua responsabilidade, pois sempre será vitima de alguém que é um “carrasco” e que contribui para que tudo aconteça de uma determinada forma com ele. A esperança (ou solução de tudo) pode esta, também, na sorte, no universo ou em Deus. Desconhece a frase “faça da sua parte que eu te ajudarei”.

Por fim, o adulto faz escolhas e sabe perder. O adulterado quer tudo ao mesmo tempo, mas não quer nada, é totalmente dependente da família de origem (pais) mesmo morando longe, como eu disse acima. Além disso, não sabe dos seus valores, crenças e nada sobre a sua própria vida. Não consegue questionar aquilo que aprendeu na família. Diferente do adulto que já sabe nomear as coisas e identificar aquilo que é seu, o que acredita daquilo que não acredita mais, mesmo sendo algo que aprendeu com a família. Pessoas adultas conseguem diferenciar/individuar da família e isso não significa romper, mas sim considerar sua individualidade e seus desejos com e apesar dela.


Fonte: Aulas de Jaqueline Cássia de Oliveira