Quem sou

Minha foto
Psicóloga, formada pela FUMEC, com inscrição no CRP 04/34263. Formação em Psicoterapia Familiar Sistêmica,Terapia Ericksoniana / Hipnoterapia e Sexologia Clínica. Pós-Graduação em TCC- Infância e Adolescência. Formação em Terapia de Esquemas. Co- fundadora da PerCursos. Atua com psicoterapias individuais, de casais e famílias.Atualmente Psicóloga em consultório particular em BH e atendimentos on-lines. Colunista do Jornal Gazeta de Minas em Oliveira e Jornal A Noticia em Carmo da Mata. Ministrante de palestras em escolas e empresas.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Brigas de Casais



“É comum se ouvir que casais que se amam não brigam. Não é verdade. As brigas podem ser enriquecedoras. Elas são uma forma de os parceiros mostrarem as suas características e seu potencial, manterem a privacidade e a individualidade. Mas se eles se envolvem tanto na atividade de brigar que perdem de vista a união e o afeto mútuos, o amor corre perigo.” Solange Rosset
Você já parou para pensar como são as suas brigas com seu parceiro? Ou vocês, ou um de vocês são daqueles que evitam o quanto podem as brigas?


A verdade é que não existem relacionamentos sem brigas e crises. Isso faz parte do relacionar. Mas existem aqueles casais que só brigam, toda a energia é consumida nas brigas, mas existem, também, aqueles casais ou um dos parceiros envolvidos na relação que consome toda energia para evitar brigas. Tanto a compulsão por evitar brigas quanto a compulsão de brigar são problemáticas e não trazem consequências saudáveis para a vida a dois. Em ambas as situações não se abrem espaço para a união e para o afeto, porque aquele que evita as brigas, como aquele que só briga contribuem para o impedimento da intimidade e a deterioração da relação.


Talvez uma saída seja aproveitar as brigas para proporcionar mudanças que sejam benéficas para a união. Casais que se amam, tem intimidade e interesse em investir no relacionamento sabem como tornar as brigas uma porta de entrada para aprendizados, para uma relação mais prazerosa. Mas como fazer das brigas um momento de construção e ressignificações?

Então, primeiro, sendo interesse dos dois investirem na relação, o próximo passo é aceitar as diferenças; brigar para convencer o outro de que a sua opinião que é a certa não se chega a lugar nenhum, a não ser em mais brigas. Brigas para se defender, atacar o outro, ou, ainda, quando essas são repetitivas, sempre voltando aos conteúdos passados, nada de proveitoso trarão. As brigas úteis dão oportunidades para os dois falarem e enquanto um fala o outro saberá ouvir, sem interromper e ir logo argumentando; não é permeada por acusações, são feitas críticas construtivas, não se perde de vista o afeto que um senti pelo outro, cada um falará sobre seu sentimento sem julgar o sentimento do outro, enfim ela acontece permeada pelo respeito, pela escuta e com a responsabilização de cada um dos parceiros, não jogando a culpa de tudo só no outro.


Dessa forma, as brigas, na verdade, poderão “ser uma forma de os companheiros se fazerem conhecer, de mostrarem suas características e todo seu potencial para o parceiro, de lutar para manter a privacidade, o espaço, a individualidade. São aspectos importantes e enriquecedores da união.” Solange Rosset

Texto: Camila Lobato

Nenhum comentário:

Postar um comentário