Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro.
E todos juntos, bem unidos agasalhavam-se mutuamente. Aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso.
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos. Justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte.
E afastaram-se , feridos, magoados e sofridos. Dispersaram-se por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doía muito ...
Mas, essa não foi a melhor solução : afastados, separados, logo começaram a morrer congelados.
Os que não morreram, voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções e delicadezas , de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro. Era mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar e sem causar danos recíprocos.
Assim conviveram , resistindo a longa era glacial. Sobreviveram !!!
- Texto extraido do site Interação Sistêmica
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