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Psicóloga, formada pela FUMEC, com inscrição no CRP 04/34263. Formação em Psicoterapia Familiar Sistêmica,Terapia Ericksoniana / Hipnoterapia e Sexologia Clínica. Pós-Graduação em TCC- Infância e Adolescência. Formação em Terapia de Esquemas. Co- fundadora da PerCursos. Atua com psicoterapias individuais, de casais e famílias.Atualmente Psicóloga em consultório particular em BH e atendimentos on-lines. Colunista do Jornal Gazeta de Minas em Oliveira e Jornal A Noticia em Carmo da Mata. Ministrante de palestras em escolas e empresas.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

As Relaçoes afetivas em tempo de pandemia

As medidas de emergência que vem resultando na reclusão das pessoas em suas casas podem ter influência sobre o casal e nas relações familiares; isso poderá contribuir para o fim de um relacionamento ou o início de um vínculo mais profundo e maduro, dependendo de como investiremos esse tempo. Que o stress, tristeza, ansiedade e medo pelo momento poderão vir, isso é certo; devemos aceitar essas sensações e, apenas, cuidar para que não fiquem numa intensidade alta que poderão causar adoecimentos físicos e emocionais

O momento atual que nos obriga fecharmos para o mundo externo, ao mesmo tempo, nos deixa de frente com o nosso mundo interno e quem não tolera esse contato e, até agora, se refugiava em todos os “fazeres” do dia a dia terão muitas dificuldades. Se não sabemos lidar com as nossas próprias angústias e emoções o risco nas relações é acharmos que o outro deverá fazer algo para nos acalmar. E isso não vai acontecer. Nosso parceiro(a) poderá contribuir sendo aquela pessoa com quem posso compartilhar pensamentos e sentimentos, mas as aflições são individuais e o caminho só nós mesmos poderemos encontrar.

O respeito pelas diferenças, pelo tempo e o espaço do outro já é um desafio da vida, agora, no momento de confinamento isso se torna bem maior. Se sabemos de algo que incomoda extremamente o nosso parceiro e se isso não nos custar fazer/contribuir, por que não? Precisamos lembrar também que ninguém tem bola de cristal, é preciso falar sobre o nosso incomodo.

Uma outra dica é estabelecermos uma rotina e colocar coisas que fazem sentido para nós individualmente, por exemplo, atividade física, cozinhar, escutar música, organizar material de trabalho, desapegar de vestuários e leituras. Além disso, tirar um tempo para o casal, sim os parceiros podem fazer algo juntos que os dois gostem. É a vida mais uma vez falando sobre o equilíbrio. Como muito bem colocado por Leandro Karnal, historiador brasileiro e professor – “quem não sabe ficar sozinho tem problema. Quem não sabe ser acompanhado tem problema também. “

Por fim, não vamos esquecer que todos nós estamos vivendo potencialmente uma situação difícil, vamos aproveitar o tempo para olharmos para - “o que está acontecendo comigo?”. Arrumar desculpas e culpar o outro é sempre o caminho mais fácil, mas continuará sendo posturas imaturas e pouco evoluídas que não ajudam na construção de nada e o momento agora é de aproveitarmos para construirmos e crescermos de uma forma mais humanizada. Do jeito que estávamos não daria para continuar mais.

Camila Ribeiro Lobato

Psicóloga/Terapeuta Sistêmica

Atendimentos Individual, Casal e Família

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