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Psicóloga, formada pela FUMEC, com inscrição no CRP 04/34263. Formação em Psicoterapia Familiar Sistêmica,Terapia Ericksoniana / Hipnoterapia e Sexologia Clínica. Pós-Graduação em TCC- Infância e Adolescência. Formação em Terapia de Esquemas. Co- fundadora da PerCursos. Atua com psicoterapias individuais, de casais e famílias.Atualmente Psicóloga em consultório particular em BH e atendimentos on-lines. Colunista do Jornal Gazeta de Minas em Oliveira e Jornal A Noticia em Carmo da Mata. Ministrante de palestras em escolas e empresas.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Auto-anulação

Como já havia falado em outras oportunidades investir em um relacionamento amoroso carece de coragem, dedicação, trocas e respeito. Relacionar é a grande oportunidade de aprendermos sobre nos mesmos. No relacionamento é onde aparece o nosso melhor e o nosso pior, assim é a grande oportunidade para o crescimento pessoal.

É muito comum esperar atitudes do outro. É mais fácil. Mas relacionar é receber e doar, atender e ser atendido. Essa troca é saudável, fruto de uma sintonia; e alternância desses papéis entre os parceiros, em que às vezes solicita e em outras tem que atender é a demonstração de cumplicidade e parceria. Mas se um dos parceiros, ou até mesmo os dois, sempre atende o que o outro pede e suprimi as suas próprias vontades o nome disso é auto-anulação.

Na auto-anulação a pessoa pode até chegar a mudar sua maneira de ser em função de satisfazer o outro; sempre atendendo o desejo do parceiro. Ela permite que o outro comece a esculpir a sua imagem e a conseqüência disso é a perda da sua própria identidade. Essas pessoas perdem a sua essência. Nessas relações um tem o poder de moldar e criar; o outro torna-se objeto, sem vontades, sem receber, apenas, doando, e sob controle dos desejos do outro. Um simples objeto que um dia poderá até se tornar sem graça e descartado pelo outro. Claro, porque objeto não tem vida, não pulsa, é sem graça. Não há sustentação nessa forma de relação. Isso é controle. Engano de quem acha que tem controle sob as pessoas. Temos controle sob os objetos; isso sim.

Uma dica é: seja quem deseje ser, não se deixe levar pelas vontades do outro, saiba doar, mas também receber, atender, mas, também, ser atendido. Não deixe suas vontades de lado, mas respeite as do outro; negociem, isso faz parte do processo de humanização e evolução do casal e de cada um separadamente. Não congele o outro e nem se deixe congelar. Convide o seu parceiro e se convide para uma estado mais humanizado de ser e não “coisificado”.


Este texto esta disponivel também no site da ASLEMG.

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