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Psicóloga, formada pela FUMEC, com inscrição no CRP 04/34263. Formação em Psicoterapia Familiar Sistêmica,Terapia Ericksoniana / Hipnoterapia e Sexologia Clínica. Pós-Graduação em TCC- Infância e Adolescência. Formação em Terapia de Esquemas. Co- fundadora da PerCursos. Atua com psicoterapias individuais, de casais e famílias.Atualmente Psicóloga em consultório particular em BH e atendimentos on-lines. Colunista do Jornal Gazeta de Minas em Oliveira e Jornal A Noticia em Carmo da Mata. Ministrante de palestras em escolas e empresas.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Terapia Familiar Sistêmica com crianças


Os filhos, quando, ainda, pequenos vêm para a terapia trazido pelos pais. Algumas vezes a escola ou outro profissional falam para os pais da necessidade de um acompanhamento psicológico para os filhos ou mesmo os pais percebem essa necessidade e vão à procura de um terapeuta.

Os pais vêm com alguma queixa dos filhos ou dizendo de algum sintoma desses. Mas quem são os co-autores desse depoimento dos pais, quando falam dos problemas/ dificuldades ou sintomas dos filhos?

Na Terapia Sistêmica não existe processo terapêutico só de crianças. A criança não esta sozinha, ela vive em uma família. A relação pais e filhos, como qualquer outra relação, é construída. Então pra quê esta criança esta tendo este comportamento ou este sintoma? Quem esta ajudando ela a construir isso?

Ninguém constrói nada sozinho, tudo esta na interação. Os pais são quem apresentam o mundo para os filhos, é assim que os pais vão estabelecendo conexões e explicações para os comportamentos destes, eles quem vão dando sentido para a experiência dos filhos. Assim o sintoma ou aquele comportamento inadequado da criança vem como uma metáfora, uma forma de denunciar que algo não esta indo bem naquela família, nas relações, não apenas, com a criança.

Dessa forma, sem a motivação e cooperação dos pais nesse processo não existe terapia.

A função do terapeuta é redistribuir o problema entre todos os membros da família, não deixar centralizado só na criança para que cada um se conscientize a respeito da sua parcela de responsabilidade na construção deste sintoma/problema. Neste processo não exclui nada nem ninguém.

Assim terão sessões dos pais, desses separados, desses com a criança, a criança sozinha e a família. Isso vai variar em cada caso. O processo terapêutico é único em cada caso. O que vale para uma família pode não valer para outra.

Contudo, cabe neste processo um cuidado do terapeuta em apreender a linguagem da criança, falar sua língua, usar de instrumentos que fazem parte do seu mundo, para da sua forma sem se sentir exposta e envergonhada, através de brincadeiras e/ou jogos estas expressarem o que esta acontecendo naquele contexto. Talvez seja essa criança a denunciadora de que algo não esta indo bem. Assim o profissional irá ajudar este pequeno cliente a formular o seu pedido para a terapia, tão legitimo quanto dos adultos.

Texto: Camila Ribeiro Lobato

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